UNDER THE BED
Focrório! É focrório coisa nenhuma! Eu quero que essa lampia que tá lumiando tudo nóis caia na cabeça de tudo o ceis se o que vou contar não for verdade.
Tão derrubando tudo que é arve pra fazer prédio. Vai ficar um dia que os animarzinho menor não vão ter pra onde correr...
E o pobrema é que eu tava bem sossegado lá na minha casa, ouvindo o canto dos pássaro que rimava com o baruio do rio quando uma marsupialinha entrou correndo e se instalou-se debaixo da minha cama.
-Saia daí ! -eu xinguei.
-Será que eu to falando em ingreis que esse animar não me escuita? –xinguei de novo, já cutucando a desinfiliz com o cabo de vassoura. A mardiçoenta nem se mexia do lugar, mas liberava um odor que eu não tava güentando mais... Fui obrigado a agir de outra manera.
Peguei meu celular e liguei pro meu amigo estudado que mora lá nos Estados Unido. Esse meu amigo é especialista no assunto. Ele é formado sabe no que? Gambalogia.
E ele me mandou pra mim no meu emelho a expricação de um procedimento pro bicho ir embora pra casa dele:
-Sit in your bed and start to eat one bread. Let to fall some brans on the floor. Get up and walk to the door . Make a way of brans from the bed to the door and open the door. The female Skunk is going to follow the way of brans and will pass through the door.
Essas palavra esquisita tão estragando a prosa. Acho meior eu contar o que tava escrito no emelho com o meu próprio linguajar:
Dizia pra mim me sentar me na cama e comer pão. Deixar cair farelo no soaio. Levantar e ir pra porta. Fazer um risco de farelo que vá da cama até na porta e abrir a porta. A marsupialinha iria seguir o risco de farelo e sair pra fora... Não deu certo. O bicho não tava com fome. Tava com vontade de fazer outra coisa...
Eu arrespondi pro meu amigo do Estados Unido, no indioma dele mesmo, o siguinte:
The female skank didn’t follow the way of brans but it exhaled an insupportable smell. And another skunk passed through the door. One male skank came from the door to the bed.
A marsupialinha não seguiu o risco de farelo. Mas ela exalou um chero insuportave. E outro gambazinho entrou pra drento da porta. Veio cumendo farelo de pão e se instalo-se debaixo da cama também.
E eu ainda finarziei com mais otro emelho pro meu amigo dos Estados Unido:
And now the female Skank with the male skank are greeding under my bed…
E agora a marsupialinha com o marsupialinho tão se marsupialando-se debaxo da minha cama.
Texto: Osmar Batista Leal ( versão de um conto folclórico, de domínio público )
Leia também:
“Os vampiros estão debaixo do shopping”
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